Por Erwan Le Bihan
Descubra como o
xadrez, mais do que apenas um jogo de tabuleiro ou um esporte, esconde
profundos símbolos maçônicos ligados a ritos antigos e mistérios ocultos. A
união de dois mundos apaixonantes, neste caso, o xadrez e a Maçonaria, não é
algo incomum, mas, se cavarmos um pouco mais fundo, poderemos descobrir os
segredos que a Maçonaria esconde nas inocentes peças de xadrez.
Ao longo da história, o xadrez transcendeu a sua natureza de jogo estratégico para se tornar um símbolo poderoso e multifacetado. Desde os tempos dos grandes impérios até as dinastias reais e as guerras, o xadrez tem sido usado como metáfora para conflitos e estratégias políticas.
A Igreja Católica também encontrou no
xadrez uma representação da luta entre o bem e o mal.
Contudo, uma das áreas mais intrigantes de associação simbólica é a da Maçonaria, cujos símbolos e rituais têm sido interpretados em paralelo com as peças e movimentos do tabuleiro de xadrez, enfatizando a ligação entre estratégia, conhecimento oculto e desenvolvimento pessoal.
Contexto histórico do xadrez e da
Maçonaria
Embora a origem do xadrez tenha ocorrido na Índia por volta do século VI, o xadrez em sua forma moderna apareceu
aproximadamente no século XV na Europa.
A Maçonaria, tal como é entendida hoje, foi
oficialmente estabelecida em 1717 com a fundação da primeira Grande Loja em Londres, marcando o
início da era moderna da Maçonaria.
Apesar dessas diferenças na linha do tempo
da história, existem hoje
teorias que associam o xadrez e
a Maçonaria a segredos e ao ocultismo em suas peças.
É preciso levar em conta que o jogo de xadrez, tal como o
conhecemos hoje em 2024, é composto por 32 peças, 16 brancas e 16 pretas, cada grupo de peças é dividido em dois
grupos denominados peças maiores e partes menores.
Peças
principais: Bispos, Cavalos, Torres, Dama e Rei
Peças
menores: Peões
O rei do xadrez representa o arquiteto do universo na Maçonaria;
isto é, o poder do divino ou de Deus.
Entre os seus objetivos está a proteção dos seus súditos, ou seja, dos maçons.
Suas virtudes são proteção, austeridade e justiça.
A Rainha, cujo poder, sem
contar o do Rei, é a mais alta das principais peças de xadrez, simboliza a sabedoria e a
razão. Seu papel é o de conselheiro direto do rei. Ela tem virtudes de
prudência e astúcia.
As Torres representam força e
resistência. Fisicamente, eles são impostos nas laterais dos castelos e sua
localização no tabuleiro também.
Na Maçonaria, as torres cumpririam o papel de proteger a moral e as tradições
maçônicas, simbolizando assim, em termos de virtude, a lealdade.
Os cavalos simbolizam força,
coragem e vontade. Sob a lupa da Maçonaria está a busca pela verdade e pelo
conhecimento. Os Cavaleiros de Xadrez simbolizam, para a Maçonaria, a virtude
da velocidade e da determinação.
Os bispos, uma das peças mais
habilidosas do xadrez, simbolizam a fé e a esperança. Através do seu movimento
diagonal pelo tabuleiro de xadrez,
acredita-se que conecta o divino com o humano, sendo a confiança a sua
principal virtude.
Por fim, os Peões representam humildade, sacrifício e perseverança, sempre
com o objetivo de alcançar a verdade e a virtude que se reflete no seu
sacrifício dentro do jogo, na
sua posição na vanguarda da batalha e na sua recompensa com uma “promoção”
quando você consegue chegando à última casa do tabuleiro de xadrez.
Paciência, perseverança e humildade são as
principais virtudes dos Peões,
virtudes que também são atribuídas aos maçons.
O tabuleiro de
xadrez também tem um significado fundamental para a Maçonaria, pois representa a complexidade e a dualidade da vida,
do bem e do mal, das trevas e da
luz.
Nas lojas,
os pisos dos salões maçônicos são construídos em um padrão xadrez, muito
parecido com os tabuleiros de xadrez,
pois representam a dualidade, o bem, o mal, a noite e o dia, o amor e o ódio ao
mal.
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