Da Redação
Se a Maçonaria nunca tivesse existido, essa
questão sequer surgiria. Não teríamos qualquer conhecimento sobre ela e,
provavelmente, pessoas esclarecidas, livres de dogmas e tolerantes teriam
criado uma associação semelhante. Por outro lado, se por algum motivo absurdo a
Maçonaria desaparecesse, as sociedades civis, os países democráticos e livres
perderiam um importante ponto de referência. A Maçonaria, como ordem
internacional iniciática inspirada em valores humanitários, surgiu oficialmente
em 17 de junho de 1717, em Londres. Ela se baseia nas antigas associações dos
construtores de catedrais medievais, adotando seus instrumentos como símbolos e
atribuindo-lhes significados filosóficos que remetem a teorias ou pensamentos
de diversas culturas e escolas antigas.
O propósito da Maçonaria é “construir” a moral
e desenvolver a espiritualidade de seus membros. Cada maçom, ao agir no mundo
profano, deve refletir em seu comportamento os valores promovidos pela Ordem.
Valores e Atitudes do Maçom
Os valores maçônicos destacam-se,
especialmente, pela fraternidade e pela tolerância, esta última entendida não
como mera aceitação passiva, mas como respeito e compreensão mútuos. A
Maçonaria considera que todos os homens, em sua essência humana, são iguais e
merecedores de dignidade e respeito.
A atividade maçônica está centrada na esfera
espiritual, buscando elevar a estatura moral de cada maçom para que ele
contribua para o bem-estar e a evolução da humanidade como um todo.
Quem É o Maçom?
O maçom é aquele que constrói a si mesmo,
utilizando a introspecção e o simbolismo como ferramentas especulativas. É um
indivíduo que escolheu, de forma livre, trilhar um caminho espiritual, adotando
valores e métodos reflexivos. Ele não carrega preconceitos em relação a outras
formas de pensamento ou cultura e está sempre disposto a aprender com
diferentes perspectivas. Busca aproximar-se da verdade sem presumir deter o
monopólio sobre ela, estando disposto a revisar suas próprias crenças para
avançar espiritualmente. Além disso, reconhece que o conhecimento está presente
em todas as culturas e que deve ser buscado e adquirido.
O maçom é distinguido por seu comportamento
equilibrado, suas palavras ponderadas e sua firmeza de princípios. Ele respeita
as leis e instituições da sociedade civil, age com altruísmo e prudência, e
mantém serenidade diante de pressões ou tentações de poder. Reconhece o valor
das pessoas pelo mérito, independentemente de sua posição social ou influência.
O silêncio, para o maçom, é fundamental para a
reflexão, funcionando como um espaço para questionamentos que levam ao
progresso no entendimento das coisas. Seu lema é “Bem pensar, bem dizer e bem
fazer”, e ele possui a coragem de ser fiel às suas ideias e a si mesmo, agindo
como um “homem livre e de bons costumes.”
O Impacto da Ausência da Maçonaria
Se a Maçonaria deixasse de existir, a sociedade
civil enfrentaria um processo de regressão moral e espiritual. Esse
desaparecimento poderia ocorrer de maneira abrupta, devido à violência, ou de
forma gradual, influenciada por um nichilismo crescente ou por instituições que
promovem valores fundamentalistas.
Possíveis Reações
1. Os Indiferentes: Muitas pessoas
permaneceriam alheias ao desaparecimento da Maçonaria, preocupadas apenas com
seus interesses pessoais imediatos.
2. Os Triunfantes: Alguns comemorariam a
dissolução da Maçonaria, alimentados por preconceitos e estereótipos
equivocados, como as acusações de práticas obscuras ou intenções malignas.
3. Os Preocupados: Uma minoria iluminada
sentiria angústia e tristeza pela perda da Maçonaria, reconhecendo a enorme
catástrofe civilizacional que isso representaria.
Nichilismo e os Desafios Contemporâneos
Embora o nichilismo seja frequentemente
associado a aspectos negativos, como indiferença e desmotivação, ele também
pode oferecer pontos positivos. Ao desafiar verdades absolutas e dogmas, o
nichilismo estimula a prudência e o pensamento crítico, que são valores
centrais da filosofia maçônica.
Para enfrentar os desafios atuais, a Maçonaria
se posiciona como uma das poucas instituições capazes de absorver os benefícios
do nichilismo enquanto evita suas fraquezas. Ela promove o uso do raciocínio
equilibrado e ensina que, embora as competências possam ser delegadas, a
responsabilidade é intransferível.
Se a Maçonaria desaparecesse, o mundo perderia
uma força única que inspira valores como liberdade, igualdade, fraternidade e
tolerância. A ausência dessa instituição resultaria em um retrocesso
civilizacional, abrindo espaço para regimes despóticos e intolerantes. Por
isso, preservar a Maçonaria é essencial não apenas para seus membros, mas para
toda a humanidade, como um farol de princípios humanitários e espirituais que
guiam a busca por uma sociedade mais justa e harmoniosa.
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