Por Ben Williams
Tradução e adaptação para publicação digital: Luiz Sérgio Castro
Os
princípios do Templarismo nunca foram tão relevantes
O que
significa ser um Templário no século XXI?
Os
Templários já não compartilham um cavalo entre dois cavaleiros, nem defendem
muralhas na Terra Santa. Contudo, simbolicamente, os princípios do Templarismo
devem permanecer vivos e atuantes nos dias atuais. Aqui estão dez maneiras
pelas quais você, como um Templário moderno, pode exemplificar o código de
conduta que deve nortear todo Cavaleiro Templário.
1.
CAVALHEIRISMO
Por
definição, Cavaleiros Templários fizeram votos de cavalaria. Tal fidelidade
necessariamente implica compromisso com um ideal e com a modéstia. O
cavalheirismo exige humildade, pois o cavaleiro serve aos outros. Isso
significa colocar os outros em primeiro lugar.
Hoje, isso
se manifesta em gestos como formar guardas de honra e arcos de aço, comparecer
com uniforme de gala para emprestar dignidade a cerimônias que, sem sua
presença, seriam menos solenes. A presença é um ato de serviço. Nossos
protocolos ajudam nisso: por exemplo, em uma mesa longa, uma dama nunca deve
sentar-se na ponta.
2.
PEREGRINAÇÃO
Os
Templários já não guardam os caminhos para Jerusalém, mas a nova Jerusalém
deve ser defendida: a “cidade da paz” está dentro de cada um e se estende à
comunidade.
O Templário
moderno protege esse espaço sagrado interior, empunha a espada da liberdade
para cortar vícios e excessos, lidera pelo exemplo e defende a liberdade
religiosa como um direito sagrado. A Bíblia deve ser preservada como um
tesouro, nunca imposta.
3.
ABSTINÊNCIA
No século
XII, os Templários mantinham uma dieta austera, o que alguns acreditam ter
contribuído para sua longevidade. Hoje, a moderação continua sendo uma virtude.
O Templário
moderno deve vigiar o que consome — tanto alimentos quanto pensamentos e
palavras. Disciplina alimentar e mental fortalece o corpo, eleva o espírito e
permite melhor serviço ao próximo.
4.
CORPORALIDADE
O corpo e a
mente não são separados; um expressa o outro. “Mente sã em corpo são”, diz o
ditado.
O corpo é o
templo que abriga o espírito. Portanto, o Templário moderno deve manter sua
forma física e mental para servir melhor. A jornada rumo à Jerusalém interior
se dá pelo cuidado do vaso corporal — o recipiente da alma.
5. DESTEMOR
Os
Templários medievais não recuavam. Haviam aceitado a morte, e isso os tornava
livres.
Hoje, o
inimigo é a ignorância, o vício e a tirania. O Templário moderno fala a
verdade, mesmo que impopular. Suas palavras são como uma espada: ponderadas,
mas decisivas. Ele defende o órfão, a viúva e a justiça — nunca desperdiçando
palavras, nunca ofendendo sem intenção.
6. AMIZADE
Os votos de
fidelidade ligam os Templários a Deus e entre si.
Devem estar
prontos a ajudar uns aos outros, priorizando o auxílio fraterno sempre que
possível, sem comprometer obrigações. Juntos, formam uma força benevolente na
sociedade — uma Jerusalém invisível, um refúgio para os necessitados.
7. PRÁTICA
Como os
Templários antigos praticavam com a espada, o Templário moderno deve treinar a
mente e o corpo.
Deve estar
bem informado, ser um bom cidadão, ir à igreja, buscar aprimoramento constante:
ler livros, aprender línguas, atuar em causas benéficas. A tecnologia é uma
aliada. O cavaleiro moderno luta diariamente contra a preguiça e o comodismo.
Seu dom é o trabalho.
8. JUSTIÇA
O martírio
de Jacques de Molay marca os Templários com a imagem da justiça — precisamente
por sua ausência.
A justiça
se revela na convivência humana; só o homem pode ser injusto. O Templário
moderno defende o que é certo, não importa o custo. Ele equilibra retidão com
correção. Sua espada simboliza a justiça. Sua missão: fazer o que é certo,
venha o que vier.
9. VIGÍLIA
O Templário
faz tempo para Deus. Antigamente, seguia horários estritos de orações e
devoções.
Hoje, o
cavaleiro deve orar, meditar, ler os Salmos e o Novo Testamento. Através da
disciplina espiritual, ordena sua casa interior e vence as paixões que ameaçam
dominar a alma.
10.
LIDERANÇA
Quando um
Templário exemplifica os atributos anteriores, torna-se naturalmente um líder.
Não busca
títulos nem glória pessoal. Lidera pelo exemplo, com generosidade e humildade.
Fala com honestidade, age com justiça, ama sem condições. Sua missão: preparar
o caminho para que outros melhores que ele o sucedam.
"Non
nobis, Domine, non nobis, sed Nomini Tuo da gloriam!"
(Não a nós,
Senhor, não a nós, mas ao Teu nome dá glória!)
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