Treinamento e Aprendiz: Quando a Loja Escolhe Errado, a Ordem Enfraquece


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Da Redação

Como uma loja deve treinar um aprendiz para se tornar um excelente maçom?

A pergunta parece simples, mas sua resposta é de uma profundidade formidável. À primeira vista, pode parecer uma pergunta ingênua; no entanto, suscita uma reflexão essencial sobre o futuro da Maçonaria e sobre o papel da Loja na formação dos Irmãos.

O ponto de partida: a escolha da “matéria-prima”

Tudo começa antes mesmo da iniciação. Quando uma Loja aborda um leigo, quais critérios ela utiliza?

A missão da Maçonaria é moldar o caráter, mas não transforma a personalidade profunda, que permanece imutável. É por isso que o futuro iniciado deve ser bem escolhido, bem estudado, bem questionado.

Não deve ser admitido por conveniência, influência, status social ou relações pessoais, mas por uma razão essencial:

Se ele é livre e de boa moral, se tem um caráter reto e é sensível ao Bem.

Porque não se pode fazer um bom maçom de um homem desprovido de senso moral ou insensível aos valores fraternos.

O verdadeiro maçom já existe antes de sua iniciação

O verdadeiro iniciado é, de certa forma, já um maçom em seu coração. Ele demonstrou isso por sua atitude no mundo profano, em sua vida profissional, em sua família, em seu modo de ser no mundo.

A cerimônia de iniciação é então apenas uma formalização ritual o ato pelo qual se reconhece uma qualidade que, de fato, já estava presente.

Assim, a Loja não cria um Maçom, ela revela e aperfeiçoa aquele que já carregava a semente interior.

A Loja como escola de formação

A Loja é a oficina onde o Maçom talha sua pedra bruta. É o local de educação continuada, estudo mútuo e aperfeiçoamento moral.

Mas o caminho não é isento de obstáculos:

      ignorância,

      preconceitos,

      perfídia,

      e o erro.

Essas armadilhas surgem em toda construção interior. Cabe ao iniciado, guiado por seus Irmãos, superá-las para construir seu templo interior e contribuir para a edificação coletiva da Ordem e da humanidade.

A Maçonaria como escola de líderes

A Maçonaria não é apenas uma escola de virtude, é também uma escola de liderança.

Ser um líder não significa dominar, mas influenciar positivamente os outros, ajudando-os a atingir seus objetivos e, ao mesmo tempo, assumindo a responsabilidade de desenvolver novos líderes.

Para isso, uma qualidade é fundamental: a perseverança. É ela que nos permite avançar com firmeza na busca pela perfeição.

O Legado do Maçom

Ser maçom significa:

      ser livre e de boa moral,

      ser sensível ao Bem,

      buscar elevação intelectual e moral,

      para combater a ignorância, que é o vício que aproxima o homem da animalidade.

Significa também agir com honestidade, integridade e retidão, colocando os próprios talentos a serviço da Ordem e da humanidade.

O conhecimento não se adquire em um único dia: é o acúmulo de experiências e conhecimentos. A Maçonaria oferece esse trabalho paciente na Loja, por meio do ritual, do estudo, da fraternidade e da vida em comum.

É a importância da escolha

Tudo se resume à pergunta inicial: como transformar um aprendiz em um excelente maçom?

A resposta é clara:

escolhendo cuidadosamente a matéria-prima.

O verdadeiro Maçom nasce Maçom. A Loja, por meio da iniciação, apenas confere o direito a uma qualidade que já existia de fato.

O futuro da Ordem depende da correção de nossas escolhas.

Adaptação de um texto de Gil Vicente  (27.02.2020)

 Fonte: Gadlu

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