Por Mateus
Noremberg
A busca pelo
sentido e propósito da vida As duas principais tarefas para uma vida com
sentido e propósito são a compreensão e a execução dos valores que dignificam o
homem em todas as suas esferas. Quando andam juntas e partilham do mesmo ideal,
essas duas forças resultam em uma realidade virtuosa.
O principal
desafio — especialmente para o maçom — é fazer com que esse sentido e propósito
da vida se manifestem na construção de virtudes permanentes, e não
transitórias.
O verdadeiro
sentido da vida A palavra sentido é ampla. Pode referir-se tanto às faculdades
sensoriais — visão, audição, olfato, paladar e tato — quanto ao significado de
algo, o raciocínio ou o intelecto aplicado.
Aqui, falamos do
sentido da vida: uma junção de ambos os significados. É compreender as
necessidades básicas que moldam nosso cotidiano e como reagimos às
adversidades.
“O sentido da
vida, conceituado ou definido em uma palavra, é igual a evolução.” — Marcus
Vinícius Bortolotto, Sereníssimo Grão-Mestre do GORGS
A frase é forte.
Evoluir parece fácil, mas o verdadeiro desafio está em como evoluímos dentro do
ciclo da existência — e no que escolhemos construir durante ele.
Caminhos e
escolhas As necessidades humanas são individuais. Para uns, o sentido da vida
está em bens materiais; para outros, em família, conhecimento e trabalho.
Há, então, duas
estradas:
A estrada fácil,
que alimenta o materialismo e o status, e satisfaz as paixões transitórias.
O caminho
estreito, marcado pelo esquadro e compasso, onde se forjam homens com valores,
transformando virtudes morais em valores sociais.
Essa é a estrada
da evolução consciente, onde se trabalha a liberdade com responsabilidade,
mesmo fora da zona de conforto — o terreno onde ocorre o verdadeiro
crescimento.
A responsabilidade
do maçom A Maçonaria não escolhe homens desordenados, mas homens bons para
torná-los melhores. E esse aprimoramento requer vencer paixões e vícios, pois:
“A paixão faz com
que busquemos o ideal e não o real.” — Marcus Vinícius Bortolotto, Soberano
Grão-Mestre do GORGS
O maçom deve
equilibrar ideal e realidade — compreender que o ideal é o sonho, a imagem
mental da perfeição; e o real, o que é comprovado e verdadeiro.
Entre o ideal e o
real O ideal inspira, mas, sem equilíbrio, conduz à frustração e à ansiedade. O
real, por sua vez, ancora nossos pés no presente.
Quando ambos se
unem, nasce o objetivo — a meta possível, traçada com consciência e estratégia.
Sem isso, o ideal se torna apenas desejo ou paixão, e o real se distancia.
Evoluir com
sabedoria A busca do maçom deve ser contínua, firme e consciente, sempre
voltada à evolução. Exercer a liberdade de pensamento é um dever, mas com
responsabilidade sobre o todo.
Transformar
valores morais em valores sociais é a grande missão — e somente assim
compreenderemos o verdadeiro sentido da vida.
“A evolução é a
lei da vida, o número é a lei do universo, a unidade é a lei de Deus.” —
Pitágoras
Sobre o autor:
Mateus Hautt Norenberg
Mestre Maçom ARLS Hiran Abiff nº 535
ARLS Hipólito José da Costa nº 410
Eminente Acadêmico da AMLERS (Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul)
Ocupante da Cadeira nº 21 — Patrono Frederico II


0 Comentários