Contos Interessantes e Curiosidades - Aguinaldo F. Vieira

 

CONTOS

“A LENDA DA FLOR MIOSÓTIS"

Então, a noiva que nunca tinha visto aquelas flores, pediu ao seu parceiro que apanhasse aquela bela ramagem. 

Impetuosamente, este se atirou nas águas caudalosas do rio, e apanhou as flores. 

Mas ao voltar para a margem, a forte correnteza o arrastou para o fundo, fazendo-o desaparecer em instantes.

Reza tal lenda que antes da sua morte, o noivo gritou: “Não me Esqueças, Ama-me para Sempre”!

Desde então o Miosótis floresceu as margens desse rio para que ninguém morresse por sua causa, passando também essa flor chamar-se de “Não me-esqueças”.

O Miosótis também está associado à lenda persa segundo a qual um anjo foi expulso do paraíso por ter-se apaixonado por uma mortal, e como penitência recebeu a tarefa de semear o Miosótis por toda terra.

  Cumprida a tarefa, pôde encontrar a amada, tornando-se imortal e vivendo em paz no Paraíso.

Desde os remotos tempos essa flor transmite a mensagem “Ama-me não se esqueças de mim”,  talvez por isso seja uma flor preferida dos poetas românticos.

Essa pequena e delicada planta rasteira originária da Rússia que geralmente tem entre 25 e 30 centímetros na fase de florescimento é composta de pequenas flores azuis, flores brancas e flores rosadas que aparecem durante as primaveras.

Noutra lenda, conta-se que o nome teria sido dado por Adão, ainda no Éden, que ao nomear as flores desse jardim se esquecera desta e, mais tarde, ao constatar que essa planta havia sido esquecida, deu-lhe então o nome de Miosótis como forma de compensação pelo seu esquecimento.

Na Europa há um folclore que costuma atribuir diversos poderes mágicos ao Miosótis, tratando-o, por exemplo, como chave mágica para tesouros enfeitiçados, entretanto, basicamente existem duas lendas muito curiosas, sendo que uma delas, de origem persa tem uma conotação bem religiosa, com doses de carinho, bondade e esperança, e outra possui uma conotação mais Maçônica, posto que entenderam nossos Irmãos alemães, que esse novo emblema não atrairia a atenção dos nazistas, então a ponto de fechar-lhes as Lojas e confiscar as propriedades, como tanto o fizeram.

Enfim, esta é a história do MIOSÓTIS, que à nossa conveniência, nos permite usar uma ou outra sobre sua existência, e assim sempre nos lembrarmos das nossas pessoas mais queridas para NUNCA SE ESQUECEREM DE NÓS”!!

Uma grande quantidade de Irmãos traz ornamentando às lapelas de seus paletós, bótons da flor do Miosótis, o que desperta a curiosidade de saber mais alguma coisa acerca do seu simbolismo.



“FRATERNIDADE PAI D`ÉGUA”


Um Encanador e um Médico da mesma Loja.

No domingo de manhã, o Médico acordou com banheiro entupido, e então buscou o auxilio do Irmão Encanador que lhe disse:

 - mas eu não trabalho aos domingos, não pôde esperar até amanhã?

O Médico disse:

 - E eu também não gosto de trabalhar aos domingos, mas se você estivesse em apuros e caso se sentisse mal, Irmão, eu prontamente te acudiria.

- “ OK”, disse o Encanador,

Então esse  veio à casa do Médico e foi na direção ao banheiro;  tirou duas aspirinas de seu bolso e jogou-as no vaso sanitário, dizendo:

- “Pronto! está medicado”, disse ele, “se não melhorar pode me chamar de novo amanhã que o acudirei imediatamente”.



"ÀS PORTAS DO CÉU"


Um velho Maçom, homem cansado cujo cabelo já estava branco, chegou às portas do céu.

Quando perguntado o que fez na terra, respondeu que o seu papel era o de oferecer os brindes da Loja a que pertencia.

 Enquanto chacoalhava o sino, São Pedro lhe disse:

-  passa e entra, Irmão, você está muito cansado do inferno…”

O PODER DO CONVENCIMENTO

Em uma Loja se iniciava um novo Membro.

O Venerável Mestre indica o 2º Diácono para indagar se o Candidato acreditava em umPrincípio Criador”, ao qual ele respondeu após suas missões:

 - “Venerável Mestre, o candidato diz que não acredita”.
- “Volvei a perguntarQuerido Irmão Experto”.  

Insistiu o Venerável Mestre, e após entradas e saídas, anuncia novamente:

 - “Venerável Mestre, o Profano continua dizendo que não acredita”.
Arregalando bem os olhos, o Venerável Mestre brada:

- “Querido Irmão 2º Diácono, por favor, pergunta-lhe bem”!
Depois de frequentes re-entradas e saídas, retorna o pobre Diácono:

- “Venerável Mestre, definitivamente o candidato diz não acreditar”.
Daí, o Venerável Mestre chama ao Diácono ao seu lado e ao seu ouvido, explica a situação delicada daquele impasse, a quantidade e qualidade dos convidados que aguardam para o Ágape, os preparativos para a mastigação, e pede-lhe para resolver o problema da melhor forma que melhor achar possível, e na forma de costume, podendo-se valer do apoio do Irmão Terrível.

O Irmão Experto, com o peito cheio de ar, sai novamente uma e outra vez, e a num breve tempo depois, bem  orgulhoso e sorridente, retorna e finalmente anunciou em alta voz:

- “Venerável Mestre, enfim, o candidato passou a acreditar!

 

A ORIGEM DA EXPRESSÃO “BODE EXPIATÓRIO”

Quantas vezes você já ouviu a expressão ser bode expiatório ou então você já se sentiu o bode expiatório de alguém?

Esta expressão é bastante conhecida entre nós, mas o fato curioso é que provavelmente muita gente não faz ideia de onde e como essa expressão surgiu.

O que significa serbode expiatório”?

Nós usamos essa expressão para falar de alguém que é acusado injustamente de algo que não fez, acabando sendo punido por isso. 

Nestas circunstâncias, as pessoas acusadas injustamente acabam sendo chamadas ou consideradas como umbode expiatório, mesmo não tendo nada a ver com o famoso animal.

A busca por “bode expiatório chega a ser um ato irracional ao determinar que uma pessoa, um grupo de pessoas ou até mesmo alguma coisa seja responsável por um ou mais problemas, sem a constatação real dos fatos.

Mas a origem desta expressão é bem diferente da ideia ou do contexto em que muitos utilizam hoje em dia.

 Precisamos voltar alguns séculos no passado, mergulhando no mundo do Antigo Testamento, relembrando uma antiga tradição do mundo judaico pós-êxodo para entender a origem deste ditado.

O livro de Levítico (Lev 16, 6-10) traz alguns dados sobre o que era chamado de “Dia da Expiação”.  

Nesse dia, o povo hebreu fazia vários rituais, buscando com eles aplacar aira de Deuspela purificação dos pecados de toda a nação.

Entre os elementos mais importantes estava a utilização de dois bodes selecionados

Um deles deveria ser sacrificado e, com seu sangue, misturado com o de um touro, se marcariam as paredes do templo.

Antes do sacrifício era feito um sorteio para ver qual dos bodes seria abatido, se transformando no "expiatório", que carregaria, desta forma, todos os pecados do povo. 

O outro animal, em vez de ser sacrificado, deveria ser enxotado deserto adentro entregue à própria sorte, carregando os pecados do povo, devendo buscar água e comida, mas certamente em algum momento acabaria morrendo.

Isso sem ter culpa de nada, tal como é feito nos tempos modernos, quando atribuímos a culpa a um inocente que se faz expiatório.

Ao longo da história, temos muitos casos de pessoas, de minorias ou grupos marginalizados que foram utilizados como “bode expiatório”, pagando por algum infortúnio ou fracasso.

Podemos nos recordar da “caça às bruxas, dos judeus que foram ironicamente alvo de sua própria tradição, de pessoas inocentes que foram culpabilidades pela Peste Negra, por infortúnios como seca ou praga ou qualquer outro tipo de desgraça.

Na teologia cristã e na vida da Igreja a figura do bode expiatório é vista como uma antecipação simbólica do sacrifício de Jesus, que atraiu para si os pecados da Humanidade, carregando as nossas dores e as nossas enfermidades”. 

Jesus é, ao mesmo tempo, sacerdote, altar e cordeiro entregue ao sacrifício.


Diz respeito à narração popular de fatos puramente imaginários e de cunho literárias, pequenas histórias fictícias, cujos personagens são animais ou objetos, e conclui regularmente com uma mensagem reflexiva.

                           “COMECE A CORRER CEDO”

Na África,  todas  as manhãs a Gazela acorda sabendo que deverá conseguir correr mais do que o leão, se quiser se manter vivo.

Todas as manhãs  o Leão acorda sabendo que deverá correr mais do que a Gazela, se não  quiser morrer de fome.

Moral da História:

Não faz diferença se você é gazela ou leão, quando o sol nascer você tem que começar a correr”.


“O SAPO E A LAGARTA”


Uma lagarta se apaixonou por um girino e resolveram se casar.

No dia do casamento, a lagarta foi pro seu casulo, e demorou demais para sair.

Quando saiu o girino havia se transformado num sapo feio e gordo, e a lagarta em uma linda borboleta.

Vendo aquele sapo feio e gordo a borboleta disse:

- Não me caso com você, seu sapo feio!... E bateu asas e foi embora.

O sapo olhou a borboleta voando, e com sua língua grande e certeira pegou a borboleta e a comeu.

Moral da história:

 “se você está ficando velho, gordo e feio, mas tem uma boa língua, sempre vai comer alguma coisa gostosa!...”



São assuntos que podemos aprender no nosso dia a dia, mas que não acresce nem diminui nossos conhecimentos em nada, porventura não os conhecêssemos.

 São meras curiosidades sem nenhum valor cultural.

“CALCANHAR DE AQUILES


De acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de tornar seu filho indestrutível, mergulhou-o num lago mágico, segurando-o pelo calcanhar.

Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de seu corpo que não tinha proteção: exatamente seu calcanhar.

Portanto, o ponto fraco de uma pessoa é conhecido como

Calcanhar de Aquiles.”

Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava “Joana.”

Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase “Casa da Mãe Joana” ficou conhecida como sinônimo de lugar em que todo mundo mandava.

“CONTO DO VIGÁRIO”


Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente.

Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro.

O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas.

A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro.

Desse modo, “Conto do Vigário” passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem


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