A Maçonaria e o Sete de Setembro no Brasil


Da Redação

O Dia da Independência do Brasil, celebrado em 7 de setembro, marca a proclamação da independência do país em 1822, um evento crucial na história nacional. Embora muitos conheçam a figura de Dom Pedro I como o protagonista deste momento histórico, a influência da Maçonaria nesse processo é frequentemente mencionada como um fator significativo que contribuiu para a emancipação política do Brasil em relação a Portugal.

O Contexto Histórico

No início do século XIX, o Brasil ainda era uma colônia portuguesa, mas já despontavam movimentos favoráveis à independência, inspirados pelas ideias iluministas e pelos exemplos das independências dos Estados Unidos e das nações latino-americanas. Nesse cenário, a Maçonaria, que já tinha uma presença consolidada no Brasil, desempenhou um papel importante na disseminação de ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.

A Influência Maçônica na Independência

A Maçonaria no Brasil, naquela época, era composta por membros da elite intelectual, política e militar, muitos dos quais estavam profundamente envolvidos nos debates sobre o futuro da nação. Dois nomes em particular se destacam: José Bonifácio de Andrada e Silva e Gonçalves Ledo.

José Bonifácio, conhecido como o "Patriarca da Independência", era um dos líderes maçons mais influentes do período. Ele foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil e desempenhou um papel central como conselheiro de Dom Pedro I, articulando os interesses da independência com a proteção dos direitos e da unidade do Brasil.

Gonçalves Ledo, outro importante maçom, foi uma figura chave na articulação política que levou à independência. Como membro do Grande Oriente do Brasil, Ledo liderou movimentos dentro da Maçonaria que pressionaram Dom Pedro I a tomar uma postura mais firme em relação à independência, culminando na decisão de romper definitivamente com Portugal.

O Grito do Ipiranga e a Maçonaria

No dia 7 de setembro de 1822, às margens do Riacho do Ipiranga, Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil com o famoso grito: "Independência ou Morte!". Esse ato simbólico foi o resultado de um processo político e social que envolveu diversas forças, entre elas a Maçonaria.

Os maçons desempenharam um papel fundamental nos bastidores, garantindo apoio político e popular para que Dom Pedro I tomasse a decisão de declarar a independência. Além disso, a Maçonaria ajudou a moldar o discurso e os ideais que sustentariam a nova nação, promovendo a ideia de um Brasil soberano, unido e livre das amarras coloniais.

A Maçonaria Após a Independência

Após a independência, a Maçonaria continuou a desempenhar um papel ativo na vida política do Brasil. Muitos dos líderes da independência se mantiveram influentes nas decisões sobre o futuro do país, trabalhando para consolidar a unidade nacional e promover reformas sociais e políticas. A Maçonaria também se envolveu em questões como a abolição da escravatura e a proclamação da república, sempre defendendo os ideais de liberdade e progresso.

A Maçonaria foi uma força discreta, mas poderosa, na construção do Brasil independente. Seus membros, movidos por um ideal comum de liberdade, contribuíram significativamente para o desenrolar dos eventos que culminaram no 7 de setembro de 1822. A influência maçônica não se limitou apenas ao momento da independência, mas continuou a moldar o futuro do país, refletindo a importância dos princípios maçônicos na formação da identidade nacional brasileira.

A relação entre a Maçonaria e a Independência do Brasil é, portanto, um capítulo essencial da história do país, demonstrando como as ideias e os valores maçônicos ajudaram a forjar uma nação soberana e comprometida com a busca pela liberdade e pela justiça.

Postar um comentário

0 Comentários